Unilab realiza Seminário de Internacionalização com ênfase em cooperação Sul-Sul e fortalecimento de redes estratégicas

A Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) realizou, nos últimos dias 5 e 6 de novembro, o IV Seminário de Internacionalização Universitária, reunindo autoridades acadêmicas e representantes do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério das Relações Exteriores (MRE) para discutir caminhos e parcerias que ampliem a presença internacional da instituição. O encontro a missão da instituição que, desde sua criação, coloca integração internacional e reparação histórica como pilares estruturantes.
A mesa de abertura contou com a presença da vice-reitora da Unilab, Eliane Gonçalves; do pró-reitor de Relações Institucionais e Internacionais, Miguel Dias; do assessor especial para Assuntos Internacionais do MEC, Felipe Heimburger; e do chefe da Divisão de Cooperação Educacional do MRE, Edison da Rosa Júnior.
O pró-reitor Miguel Dias enfatizou que o seminário cumpre duas funções centrais: acolher parceiros estratégicos que ajudam a pensar e reprogramar o projeto internacional da Unilab, e mapear iniciativas em curso com instituições estrangeiras. “A Unilab se constituiu como um projeto de internacionalização desde sua criação. Enquanto outras universidades têm ensino, pesquisa e extensão, nós temos também a internacionalização como eixo estruturante”, ressaltou.
Dias apresentou ainda a nova ação “Embaixadores da Internacionalização”, iniciada com os monitores do seminário e que deve ser expandida para outros eventos. A proposta é envolver estudantes e egressos como multiplicadores da missão internacional da universidade.
A vice-reitora Eliane Gonçalves lembrou sua participação em edições anteriores do seminário e destacou o compromisso da Unilab com a reparação histórica aos povos africanos e com a integração internacional Sul-Sul. “A Unilab é uma universidade de reparação histórica. Essa é a nossa missão. E por ser uma missão ligada à luta antirracista, lidamos também com as mazelas do racismo estrutural que atravessa o país”, disse.
Representantes do MEC e MRE reforçam compromisso com a Unilab

O assessor especial do MEC, Felipe Heimburger, destacou a alegria de participar do evento e ressaltou o papel estratégico da Unilab no cenário da cooperação Sul-Sul. “Viver é melhor que sonhar. Com todos os desafios, é muito bom estar aqui e fazer parte. Parabéns, comunidade Unilab”, disse, citando o poeta cearense Belchior.
Durante a conferência de abertura, “Redes e parcerias estratégicas para potencializar a atuação internacional da Unilab”, Heimburger traçou um panorama histórico das políticas de cooperação Sul-Sul desde os primeiros governos Lula, passando pelas ações implementadas no governo Dilma, como projetos de formação de agricultores africanos e intercâmbio de sementes. Segundo ele, após um período de refluxo, a cooperação voltou a ganhar força a partir de 2023.
O assessor destacou ainda possibilidades de integração da Unilab em redes internacionais, como a Rede de Universidades da CPLP, iniciativas envolvendo países dos Brics e articulações da União Africana, hoje membro do G20. Felipe afirmou que há caminhos jurídicos e administrativos para facilitar o acesso da universidade a recursos de cooperação e reforçou o compromisso do MEC de apoiar demandas institucionais, inclusive propostas em análise para expansão de cursos de graduação e pós-graduação no Ceará e nos Malês.

Ao final da conferência, Heimburger reiterou que a Unilab é prioridade para a política brasileira de cooperação internacional, destacando que o MEC está “plenamente ciente dos desafios e da vontade de desenvolvimento da Unilab”, reafirmando que o diálogo com a instituição será constante.
O chefe da Divisão de Cooperação Educacional do Itamaraty, Edison Luiz da Rosa Júnior, compartilhou um relato de sua experiência profissional em países africanos e defendeu o poder transformador da língua portuguesa. “Acreditamos pouco no que a língua pode fazer. Ela foi imposta muitas vezes com violência, mas hoje é um patrimônio compartilhado por 270 milhões de pessoas, presente em quatro continentes. Essa língua abre portas e espero que abra portas para todos vocês”, sublinhou.

Convidados e servidores docentes e técnicos. Foto: Prointer.
Programação intensa
O seminário seguiu com sessões temáticas, apresentação de projetos e diálogos com parceiros nacionais e internacionais, reunindo estudantes, gestores, pesquisadores e convidados de diversos países. Houve mesas de trabalho, encontros bilaterais e atividades culturais, reafirmando a Unilab como espaço de integração, diversidade e construção conjunta de conhecimento entre Brasil, África e comunidades lusófonas.
No segundo dia do seminário, realizado em formato virtual, a programação destacou diálogos com parceiros internacionais em duas mesas temáticas. Pela manhã, a discussão sobre parcerias acadêmicas contou com a participação de Alfredo Pazmiño Huapaya, doutorando da Universidad de La Laguna (Espanha) que fez mobilidade na Unilab, e também de Violeta Holanda, docente do Instituto de Humanidades (IH/Unilab) atualmente em mobilidade na Espanha para pós-doutorado. Confira aqui

À tarde, o debate sobre mobilidade internacional reuniu Pedro Frutuoso, coordenador do Programa de Mobilidade da Associação de Universidades de Língua Portuguesa (AULP), e Cremilda Moreira, supervisora do Núcleo de Estratégias Internacionais da Universidade de Fortaleza (Unifor). Já a professora Lívia Moreira, do Instituto de Ciências da Saúde (ICS/Unilab), compartilhou experiências de estudantes do Mestrado Acadêmico em Enfermagem que fizeram mobilidade no Chile e em Portugal, acompanhada do panorama de ações institucionais apresentado por Renata Primo, chefe da Seção de Mobilidade Internacional (Prointer/Unilab). Confira aqui

Paralelamente à programação virtual, a comitiva do Governo Federal visitou laboratórios, unidades acadêmicas e estruturas administrativas da Unilab, aprofundando o diálogo institucional e o reconhecimento da realidade da instituição.
Fonte: Site da Unilab
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